sábado, 12 de agosto de 2017

A Família






EDUCAÇÃO  NO  LAR

EMMANUEL

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EDUCAÇÃO  NO  LAR

EMMANUEL

"Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai." - Jesus. (João, 8:38.)



Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios [familiares] corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente  falando, na vala comum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.

Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.







Do livro "Caminho, Verdade e Vida", ditado pelo Espírito Emmanuel. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.









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Compromisso  Terreno  Coletivo

Heliana  Staut



Sendo o mais sagrado compromisso, a família terrena, não podemos deixar passar despercebido por toda uma vida o sagrado compromisso com os membros familiares. É importante que os pais, e mesmo os avós, os tios, enfim, aqueles que se afiguram mais velhos, e por isso responsáveis naturais, percebam a necessidade de participarem da vida de suas crianças e jovens, orientando incansavelmente, uma vez entendendo que as pessoas são sim modificáveis tanto e principalmente pelo exemplo, quanto pelas palavras de orientação, muitas vezes enérgica. A modificação e aprimoramento moral da criança e do jovem vem não rapidamente como se conclui e em função disso se espera, mas sim ao longo de um tempo que é só daquele que escuta.


Como diz Emmanuel a modernidade social, que traz o novo modo de liberdade de viver a vida, está associada a irreverência às mais altas noções de moralidade e respeito, fazendo por tornar-se essa modernidade um grande influenciador negativo, influenciando fortemente as pessoas desde a tenra idade, fazendo por torná-las, como consequência, rebeldes dentro do lar, rebeldes como o mundo lá fora. Não é regra geral essa influenciação negativa da sociedade sobre as pessoas, pois há as crianças e os jovens que, já alcançado grande evolução moral no passar de muitas existências anteriores, identificam o que é negativo socialmente, e procuram naturalmente se manterem distantes deste contágio. Felizes dos pais que já têm dentro do lar pupilos já assim evoluídos, contribuindo para a paz e a alegria no lar. Assim, seja qual for o grau de evolução espiritual dos pupilos do lar não cabe aos demais membros da família pensar puerilmente que não adianta orientar, alertar, ensinar se eles não vão se modificar nunca, que cada um se dirige por si só na vida, porque esse pensamento não vai de encontro com o que ensinam os Espíritos Superiores nas obras básicas da Codificação Espírita.


Emmanuel ainda afirma que os pais verdadeiramente zelosos pelos seus filhos procuram proteger seus filhos das influências negativas da sociedade, impedindo assim que seus filhos acabem se deixando levar por essas influências, tornando-se filhos rebeldes contra o que seus pais têm procurado lhes dar como sendo a melhor educação moral. Portanto, sejam seus filhos do grau evolutivo que for, eles precisam ser protegidos das más influências da sociedade.


Mas então quem são os pais não zelosos? São aqueles que afrouxam os cuidados aos seus filhos, que não se preocupam muito, por pensarem até mesmo que seus filhos caminham sozinhos na vida, exatamente são aqueles pais que pensam que não adianta educar seus filhos, que seus filhos já nascem prontos; são também aqueles pais que se conduzem pelo que a sociedade oferece, e com isso fica ainda mais fácil para os filhos seguirem tendenciosamente um caminho negativo. E como bem lembra, ainda, Emmanuel, as ciências modernas de estudo da sociedade, como a Psicologia e a Medicina, colocadas na tela da televisão, e nas páginas das revistas de consumo de massa, são modernos instrumentos de veiculação da influenciação negativa da sociedade moderna, como diz Emmanuel, "sucedâneos abstrusos", ou seja, os substitutos, os sucessores, as babás obscuras, desde a infância à juventude de qualquer idade primaveril da vida, são os "sucedâneos abstrusos" dos pais, dos avós, dos tios, dos primos mais velhos, enfim, do lar, da família. E é assim que um lar torna-se invigilantemente frágil, e com isso aberto em brechas para a sua destruição, meios [familiares] que se corrompem por causa dos pais invigilantes, são os maus pais.


Em qualquer dos dois casos de lar, de família, de pais, de componentes familiares mais velhos, Emmanuel ainda lembra que os filhos imitam os pais. Esse é mais um fator que tanto pode ser uma dádiva, quando os pais são vigilantes, quanto pode ser uma desgraça, quando os pais além de invigilantes ainda possam trazer consigo a infelicidade de serem maus exemplos.


O que pode ser feito no presente não pode ser feito depois que todo o tempo já se perdeu no tempo da vida, porque a colheita virá tanto para aquele que pensou a vida inteira que não se modifica o outro a não ser por meio unicamente de sua própria vontade, quanto para aquele adulto que pensou a vida inteira que não se consegue modificar ninguém, a criança e o jovem, e sim que a própria criança e o próprio jovem é que se modificam. Deus confiou os filhos, almas milenares ainda em caminhada evolutiva, aos pais e mais velhos, também em caminhada evolutiva, o trabalho de realizar a contribuição da modificação interior destes filhos. O que cabe aos filhos é o uso do livre arbítrio mediante as orientações recebidas, ou na falta destas orientações, essa é a responsabilidade dos filhos.


Por isso a intervenção dos pais e de outros membros da família é totalmente eficaz, mesmo que não se veja eficácia a vida inteira, porque a semente foi lançada muitas vezes. Conforme ensinam os Espíritos Superiores nas obras da Codificação Espírita, e nas obras espíritas posteriores, os pais são sim responsáveis pela caminhada de vida dos filhos. Os verdadeiramente responsáveis são os bons pais.


Capítulo XIV

Honrai a vosso pai e a vossa mãe


A  PARENTELA  CORPORAL  E  A  PARENTELA  ESPIRITUAL



8. Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.

(...)
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INSTRUÇÕES  DOS  ESPÍRITOS


A  INGRATIDÃO  E  OS  LAÇOS  DE  FAMÍLIA




9. (...)

Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta, solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.

(...)



Guardemos não somente as palavras destacadas do Evangelho Segundo o Espiritismo, mas também estas aqui de Emmanuel:

Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.

É oportuno lembrar ainda que a orientação dos pais aos filhos é válida a qualquer tempo da vida do filho, é valida em qualquer idade a que tenha chegado o filho. Porque a crença comum de que os filhos já são adultos, e então estão cuidando de suas próprias vidas, "são donos do próprio nariz", identifica que a jornada familiar, ainda que vivendo em tetos diferentes, está rompida (embora não totalmente, pois rompido está o diálogo familiar que acolhe e protege), perdendo-se assim a grande oportunidade da encarnação tão custosamente conseguida. Quando os Espíritos superiores nos chamam ao convívio familiar numa troca de ensinamentos e aprendizados, englobando a todos os membros, fica bastante claro que quanto a condição dos filhos "donos de seus narizes" é a mesma em relação a todos os membros familiares, condição apontada pelos Espíritos Superiores!





Heliana  Staut


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